De lingerie 'apropriada' a papel higiênico sem rolo: como loja se especializou no mercado carcerário com 'kit preso'

  • 03/08/2025
(Foto: Reprodução)
Loja com produtos para presos envia kits para presídios de Minas Gerais Após passar 86 dias preso e não conseguir emprego ao tentar retornar para o mercado de trabalho, Péricles Ribeiro encontrou uma oportunidade que, há sete anos, garante o sustento de sua família: o mercado voltado para detentos. Na Loja do Preso, em Belo Horizonte, os familiares de quem está privado de liberdade compram kits com roupas, alimentos não perecíveis, produtos de higiene e materiais de leitura, que podem ser alterados conforme a necessidade do cliente. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp A loja também comercializa itens de vestuário para visitantes de presídios, já que alguns têm exigências específicas, como a cor da roupa. Loja do Preso, em BH. familiares de quem está privado de liberdade compram kits com roupas Maíra Cabral/g1 Esta reportagem conta a história da loja a partir dos seguintes pontos: Itens específicos para cada cadeia Loja vizinha do fórum e da defensoria pública Mãe com dificuldade de locomoção Compras por telefone x acolhimento presencial Itens específicos para cada cadeia As quatro funcionárias são responsáveis por garantir que os produtos estejam de acordo com as regras de cada cadeia. “Tem presídio que não permite papel higiênico com rolo, tem outro que permite mandar a embalagem completa. Alguns exigem uma cor exata para a roupa [de visitantes], e muitas mulheres dos detentos gostam de usar uma roupa nova a cada visita", explicou Michelle Kellen, esposa e sócia de Péricles. "Tem também a lingerie apropriada, sem aro, e a lingerie mais sensual para as visitas íntimas”, explicou Michelle Kellen, esposa e sócia de Péricles. A loja ocupa uma sala de um shopping popular na Avenida Augusto de Lima, na região central de Belo Horizonte. O envio das encomendas é feito por Sedex para as 167 unidades prisionais de Minas Gerais. O envio das encomendas é feito por Sedex para as 167 unidades prisionais de Minas Gerais. Maíra Cabral/g1 Loja vizinha do fórum e da defensoria pública A localização é estratégica: perto do Fórum Lafayette, onde funcionam varas criminais e de execução penal, que lidam com o andamento dos processos de detentos e onde ocorrem audiências de custódia. Perto de lá, na Rua Araguari, fica a Defensoria Pública, responsável por defender presos sem condições de contratar advogados. “A proposta da loja é em primeiro lugar ajudar o recuperando que está lá dentro e facilitar para o familiar que está aqui fora, mandando as coisas da maneira correta, na quantidade permitida, do jeito que o presídio exige e cobra”, disse Péricles. Mãe com dificuldade de locomoção O filho de Cármen, entrevistada que pediu para não ter o nome real identificado, está há quase dois anos detido no presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana da capital mineira. Aos 75 anos e com obesidade, ela contou que tem dificuldade de locomoção. Desde o início do cumprimento da pena do filho, de 42 anos, ela foi visitá-lo seis vezes, e enviou o kit completo em praticamente todas as semanas. "Acho que faltei só uma vez", contou ela. "Para chegar até o presídio é uma dificuldade enorme. O presídio fica muito longe da minha casa e já estou idosa, com dificuldade para locomover. Poder enviar as coisas para ele sem precisar ir é a melhor coisa que pode existir na vida de quem tem um familiar preso. A gente ainda aproveita para mandar cartas e retratos das pessoas aqui fora", disse ela. Equipe da Loja do Preso, em Belo Horizonte Maíra Cabral/g1 Compras por telefone x acolhimento presencial A maior parte dos clientes prefere fazer a compra por telefone, mas para alguns o atendimento presencial serve como acolhimento. “Quando o crime tem muita repercussão na imprensa, a família inicialmente fica com vergonha de fazer visita. É comum em casos assim comprarem aqui para a gente mandar entregar o kit. Na loja, eles acabam encontrando também acolhimento, desabafam muito sobre a situação que vivem”, contou Michelle. O plano de Péricles e Michelle, casados há 22 anos, é vender a loja para franqueados e levar o mote "Dignidade não tem grade" para outros estados. Assista aos vídeos mais vistos do g1 Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/08/03/de-lingerie-apropriada-a-papel-higienico-sem-rolo-como-loja-se-especializou-no-mercado-carcerario-com-kit-preso.ghtml


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